quinta-feira, 14 de maio de 2020

Tratado de Tordesilhas: o que realmente foi?

Boa noite, queridos amigos do Blogger. Hoje iremos discutir sobre o Tratado de Tordesilhas, um grande manifesto político para decidir o futuro de nossa região, a América do Sul, que muitos de nós, porém, não conhecem.

Planisfério de cantino  | Portal da Comunicação Digital
Planisfério de Cantino, uma carta náutica que mais parece mapa de Uncharted.

O tratado, como propriamente dito, foi assinado em uma região castelhana de alcunha Tordesilhas. A propósito, talvez no futuro eu traga algumas informações sobre o antigo Reino de Castela, hoje fazendo parte da Espanha.

É até algo importante a se notar, pois a História que nós aprendemos durante nossas vidas falando-se de Idade Média é regada de cruzadas católicas, evolução da sociedade inglesa e outras histórias acerca dessas regiões consideradas "mundialmente importantes".

Não sei vocês, camaradas de descendência lusófona, mas sempre quando penso em Velho Mundo, me vêm a cabeça majoritariamente a terra de nossos ancestrais portugueses, raramente me lembro de que compartilha o mesmo continente com os ingleses e poloneses, por exemplo.

Mas foco em nosso assunto, a conversa sobre evolução sociológica na Europa vem depois.

O Tratado foi assinado em 7 de junho de 1494 entre, como já falado, nossos camaradas ibéricos, com intenção de dividir as terras do Novo Mundo (isso com certeza vocês já sabiam).

Um fato interessante é que esse foi um dos documentos que marcaram a transição da Idade Média para a Idade Moderna, época histórica que muitos não sabem onde começa.

Os documentos ainda estão guardados no Arquivo General de Indias, na Espanha, e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal.

Passando para a parte que muitos desconhecem é que, tecnicamente, os reinos de Portugal e Castela "desobedeceram" a ordem continental à época: A Igreja Católica. O direito de divisão de terras na Europa pertencia à Roma e exclusivamente Roma, sendo o Papa o regente "universal" de disposição de regiões aos povos.

É interessante pensar em um certo contexto de que muitas pessoas odeiam a Igreja Católica e sua história, mas desconhecem de seu poder político e participação positiva para o povo europeu na Diplomacia Medieval.

A "tretinha" entre Portugal e Castela começou com o comércio e exploração de escravos e marfim em uma região que hoje faz parte da Nigéria, onde os lusófonos iniciaram as importações e atraíram a atenção do outro reino ibérico; assim dando início a diversos ataques no mar, entre embarcações dos dois reinos.

As histórias de conflitos entre duas nações tendem a repetir os acontecimentos iniciais que contribuíram para tal, hoje podemos comparar esse desentendimento ao mesmo que ocorreu entre a Dinastia Qing (atual China) e o Império do Japão em 1894.

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